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Vilão da Vez: Leite Tá Mais Caro que Gasolina!


Leite é o Vilão da vez e fica mais caro que gasolina! Em pesquisas, litro do leite está 14% mais caro que litro da gasolina.

O Leite entrou em escalada nos últimos meses. O preço do leite tem subido em disparada.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do leite aumentou 25% em julho, em relação ao mês anterior, acumulando uma alta de 77% no ano.

Produtos derivados do leite também sofreram um expressivo aumento nos preços. O custo do leite condensado, por exemplo, subiu 19%, enquanto que o da manteiga aumentou 17%, do queijo 16% e do requeijão 14%.

Com pouca oferta do produto, devido ao aumento do custo de produção e outros fatores exteriores, empresas estão procurando substituir o leite na formulação de suas bebidas lácteas. O jornalista André Biernath (@andre_biernath) publicou uma matéria na BBC News Brasil apontando como "mistura alimentícia com queijo ralado", "mistura de creme de leite" e "doce de soro de leite sabor doce de leite" são uma tentativa perigosa de substituir o leite por outros ingredientes.

Parece leite, mas não é! Crise 'empobreceu' a fórmula dos produtos lácteos do Brasil. Algumas marcas, por exemplo, transformaram o creme de leite em "mistura de creme de leite". Já o queijo ralado virou "mistura alimentícia com queijo ralado". O doce de leite, por sua vez, foi substituído pelo "doce de soro de leite sabor doce de leite". Em alguns mercados, até o leite tradicional compete nas gôndolas com novas bebidas lácteas.

"Do ponto de vista nutricional, isso pode ser danoso", alerta Rafael Claro, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "A estratégia é trocar um alimento in natura por ingredientes mais baratos e com baixa densidade de nutrientes."

"Ou seja: a pessoa compra um produto que parece leite, mas não é", resume.

Que fique claro: a venda dessas opções está regulamentada nos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, a princípio, não fere nenhuma lei.

O grande problema, de acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é que vários desses alimentos lácteos "alternativos" têm uma embalagem muito similar à original, trazem no rótulo elementos que remetem ao leite — como vacas, pastos, tonéis e líquidos brancos — e são colocados nas mesmas prateleiras que os produtos tradicionais.

Para completar, nem sempre as novas opções são muito mais baratas — ou a diferença em relação aos itens convencionais é de apenas alguns centavos.

A pesquisadora Kennya Beatriz Siqueira, da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), explica que as movimentações recentes da indústria dos produtos lácteos têm a ver com a crise financeira, a inflação e a escassez de matéria-prima no mercado.

"Nos últimos dois anos, tivemos um aumento de 62% no custo de produção do leite", calcula.

A especialista explica que toda a cadeia produtiva sofreu com o aumento dos preços: os custos da ração que alimenta as vacas, da energia elétrica que mantém o funcionamento dos currais e do próprio combustível que transporta esse alimento subiram consideravelmente.

"Por conta disso, muitos produtores se desfizeram de parte do rebanho e venderam as vacas menos produtivas para os abatedouros."

Isso, por sua vez, significa que há menos leite saindo das fazendas brasileiras.

"Para completar, o meio do ano é o período de entressafra do leite, já que as pastagens não estão boas por causa do clima seco e da temperatura fria", complementa.

A união desses fatores fez com que o leite (e os produtos lácteos no geral) se transformassem nos "vilões da inflação" durante os últimos meses.

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), o leite longa vida acumula uma alta de 57% no ano.

Outros itens também registraram uma subida considerável. Apenas em julho, houve um aumento de 19% no leite condensado, 17% na manteiga, 16% no queijo e 14% no requeijão.

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