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“Tô com fome!”: o que você precisa saber antes de abrir a geladeira

Por: Taene Nolasco - Psicologa


Você abre a geladeira, procura, olha e não acha nada do seu agrado, - apesar de ela estar cheia! Você não sabe bem se está com fome, mas acha que está com vontade de comer alguma coisa. Você se identifica? Passar por esta situação é bem comum e você pode estar experimentando a fome psicológica.


Por si só, ela não é grave, nem errada. Também não é só por conta da fome psicológica que a obesidade mundial vem aumentando. Ela é absolutamente normal! Nossa fome não é sempre fisiológica. Às vezes a fome pode se manifestar por alguma razão psicológica ou comportamental. Ela pode ter a ver com o momento que estamos vivendo, com o nosso meio ambiente, com as pessoas que nos cercam, com o nosso nível de estresse e diversos outros fatores.


Por isso é importante entender quais são os tipos de fome que existem para que você saiba fazer a distinção entre elas. Desta forma, ficará bem mais fácil lidar com as sensações e com as necessidades do seu corpo com tranquilidade e sem culpa. Vamos aprender?

Fome fisiológica: É a fome física, ou seja, o sinal que o corpo manda quando precisa comer para sobreviver, precisa de nutrientes para realizar nossas funções vitais. Ela aparece em diversas formas como, por exemplo, aquela dorzinha chata no estômago, tontura, ronco, dor de cabeça, irritação… É como se você instintivamente soubesse que precisa comer alguma coisa senão o seu corpo vai “pifar”. Já a fome psicológica não tem a ver com as nossas necessidades fisiológicas, e sim, com nosso estado mental. Dentro dela, existem algumas subdivisões que estão sendo estudadas, mas hoje vamos falar da fome emocional.


Fome emocional: Esta fome aparece nos momentos em que achamos que precisamos nos recompensar com comida por algo que abalou o nosso estado emocional. Exemplos: em um dia muito cansativo no trabalho, após uma briga com alguém querido, sentindo desânimo em alguma etapa da vida, tristeza ou vazio. É aí que entra o pensamento: “eu mereço”. Você acredita que realmente precisa comer algo muito gostoso para tentar minimizar essa angústia interna. O problema é que o cérebro é esperto, e sabe que a recompensa é maior com a combinação de açúcar e gordura. Por isso a primeira coisa que você pensa é em alimentos ricos nessa combinação: chocolate, bolo, bolacha, salgadinho, “fast foods”... Ou você já pensou em se recompensar com um pé de alface? A fome emocional pode se tornar problemática porque normalmente é ela que faz as pessoas terem uma relação errada com a comida.


Você come por outros motivos que nada tem a ver com fome física ou vontade, você come porque está triste, cansado ou ansioso. E então, este hábito pode virar um padrão disfuncional. O ideal seria buscar ajuda para encontrar a raiz deste problema, pois a tristeza, a irritação ou a angústia não vão embora se você comer um pote inteiro de sorvete. Comer algo que você gosta quando está “pra baixo” pode até trazer uma euforia momentânea, mas não seria mais adequado curar estes sentimentos negativos procurando a origem deles e deixar para comer o que gosta em um momento feliz, ou em paz? Pense nisso.


É importante dizer: não tenha medo da sua fome psicológica! O ato de comer é fisiológico e psicológico. Se você ficar focado(a) somente em calorias e na quantidade das coisas que coloca no prato, pode estar negligenciando algo mais profundo e importante para sua saúde, que está dentro de você: o prazer de comer. Pode também estar abrindo mão de comer com prazer e sem culpa, por achar que só está “autorizado” a comer quando a barriga estiver roncando. Construir uma relação mais tranquila com a comida é o que fará você parar de buscar por dietas restritivas. Que tal começar a prestar mais atenção em que tipo de fome está sentindo? Você tem fome de quê? Respeite-se e cuide-se, você é a melhor pessoa para saber o que precisa nesse momento. E se parecer muito difícil começar, conte comigo!


Com carinho,

Psicóloga Taene Nolasco - CRP-12/15477


Contatos:

+55 47 98834-0551

@taenenolascopsi | nolasco.taene@gmail.com

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* As matérias e artigos aqui postados não refletem necessariamente a opinião deste veículo de notícias. Sendo de responsabilidade exclusiva de seus autores. 

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