O comércio de Cianorte é horrível? Você pode ser o culpado.
O ano de 2020 foi um ano atípico para todos, em especial para os empreendedores da nossa cidade. A partir da pandemia e dos protocolos muitas empresas tiveram que apelar para a criatividade. Seja em pensar em um novo produto, um novo formato de venda e atendimento, todos tiveram que inovar de alguma forma.
Em Cianorte, passamos por uma crise no setor do vestuário há alguns anos, isso acarretou desemprego e muitos acabaram se tornando empreendedores de necessidade, isto é, empreenderam algum tipo de negócio para poder pagar suas contas.
Pequenos negócios são potentes em prosperar se forem bem administrados e podem movimentar a economia. Segundo o SEBRAE, as microempresas e os pequenos negócios representam 27% do PIB e 44% do salário dos trabalhadores.
Nossa cidade só tem a crescer se ajudarmos o comércio local, em especial os pequenos e médios negócios.
Por que ajudar o comércio local?
Penso que nem precisaria deste tópico, mas mesmo assim vale o reforço. Afinal, apostar nos negócios da nossa cidade podem proporcionar:
Comodidade por ter serviços e produtos na cidade, sem a necessidade de deslocamento para outros centros;
Um mercado aquecido é o competitivo, pois quanto mais empresas na cidade, melhores produtos serão oferecidos, mais opções de compras e surgirão condições especiais que a competitividade exige;
Pessoas de fora começam a buscar mercadorias em nossa cidade e, consequentemente, aumentam o giro em nossa economia;
Quanto maiores as vendas, mais impostos são gerados que deverão ser revertidos para a cidade;
Mais oportunidade de emprego para toda a população.
Estes são apenas alguns dos pontos positivos, dentre diversos, em que um forte comércio local pode proporcionar diretamente e indiretamente para nós.
Mas o comércio local é ruim.
Não tenho dúvidas que temos grandes problemas em nossa cidade. Seja por preços abusivos, mal atendimento, ambiente ruim, etc. Se algo assim acontecer com você eu tenho duas dicas.
A primeira, comunique o gerente/dono do estabelecimento, pois é de responsabilidade dele em treinar e monitorar o que acontece. Se não reclamarmos tudo continuará como está e é nosso dever como consumidor consciente dar este feedback.
A segunda dica é: use a rede. Hoje, nós consumidores, temos um grande aliado para esta reclamação: a internet. Atualmente boa parte dos consumidores compram a partir de indicações de outras pessoas as quais acompanham na internet e/ou a partir da avaliação da empresa no Google. Nós somos muito influenciados por outros usuários, seja família, amigos ou até um estranho que publicou algo sobre o estabelecimento.
Caso a empresa não melhore, será questão de tempo para um concorrente melhor chegar e fechar o negócio.
Todavia, se você ficou satisfeito com o atendimento/produto, também é válido dar este retorno para o empreendimento e, também, na internet. Isso não tem preço, pois muitos reclamam, mas poucos elogiam. Assim você estará ajudando outros consumidores a encontrarem as melhores empresas do segmento.
Se você é empresário e está lendo isto, fica minha dica: treine sua equipe, invista no ambiente do seu comércio e, principalmente, escute o que o público está falando da sua marca (online e offline). Só assim terá um negócio próspero.
A culpa é minha?
Pode ser que sim! Quando compramos em outra cidade ou pela internet, estamos prejudicando o comércio local de alguma forma.
Se comprar por aqui e ficar insatisfeito, não podemos ficar quietos. Devemos incentivar o comércio local (por exemplo, no supermercado dê preferência aos produtos produzidos na nossa região) e exigir um bom produto e bom atendimento.
Fica aqui uma reflexão sobre o nosso papel e responsabilidade como consumidores em melhor comércio local.
Prof. Thiago Martins
publicitário, consultor e professor na Unipar