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Sem delongas: "Não ao Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020"

Por Ana Floripes - Professora



"Há um grau de deficiência que é impossível a convivência"


Vou precisar concordar com essa fala do ministro da educação:


O mundo é um local diverso e plural, onde gente de todos os jeitos e todas as formas convivem. Uma convivência relativamente pacífica.

Há pessoas que tem uma cultura diferente da minha, por isso agregam um valor inestimável ao meu mundo, me ajudando a limpar a janela da minha sala para enxergar além.

Outras pessoas tem uma religião diferente da minha e muitas vezes a conversa me ajuda a saber em Quem o que e porque creio, desde que eu não seja proselitista e me ache o dono da verdade. Essas conversas costumam ser extremamente produtivas, quando nos dispomos a ouvir e entender o outro.

As pessoas de etnia diferentes e seus modos de viver e se relacionar com o mundo podem ser riquíssimo, até mais saudáveis do que meu modo de viver e de me relacionar com meu mundo.

E se pensarmos no mundo como um jardim, cada planta tem sua cor, seu perfume e sua função, da menorzinha e "aparentemente" sem graça até a mais afrondosa árvore que além de flores e frutos nós dá sombra nos dias de sol quente.

As pessoas com deficiência intelectual que nos ensinam a andar mais devagar e assim aproveitar a vista da viagem da vida.

Pessoas com deficiência física que tomaram o rumo da vida nas mãos e superam a cada dia. Pessoas com paralisia cerebral e uma cabeça que voa, nos ensinando que, muitas vezes, deixamos que nossos corpos nos aprisionem.

E o jardim da vida é feito de pessoas da mais diversas cores, condições sociais, culturas e desempenho e nesse jardim há beleza e equilíbrio.

As únicas coisas que não cabem nesse jardim são as ervas daninha da infantilidade, do preconceito, da ignorância, da intransigência e do desamor. Conviver com essas deficiências "sr. ministro" é um problema sem solução.


Autoria do texto: Instituto Empathiae



Da série: "Eu cresci com vocês".



"A Maria Clara Morezzi da Silva, só espalhou amor na educação básica, exerceu seu direito e ensinou sobre o respeito na diversidade: nunca atrapalhou." Professora Ana Floripes







Turma 2017 - Colégio Estadual Igléa Grollmann - EFM, Cianorte-PR

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