A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa criou um canal em que estudantes poderiam relatar casos de assédio e má conduta na instituição. Segundo uma reportagem do jornal português Diário de Notícias, em apenas 11 dias de funcionamento, foram recebidas mais de 50 relatos envolvendo 31 servidores em denúncias de assédio moral e sexual, práticas sexistas, xenofobia, racismo e LGBTfobia.
As denúncias de casos de xenofobia incluem vítimas brasileiras. A maior parte dos episódios aconteceram dentro da instituição e outros relatos apresentam situações online, onde estudantes contam que foram abordados de maneira imprópria pelos docentes nas redes sociais.
O canal de comunicação para o recebimento das queixas foi aberto pela faculdade, após relatos de assédio que chegaram ao conselho pedagógico. A instituição criou uma página e disponibilizou um e-mail para receber as queixas; entre 14 e 25 de março chegaram 70 denúncias, das quais 50 foram validadas.
“Instituições de ensino superior são espaços de liberdade e de promoção dos valores de igualdade e respeito, sem qualquer tipo de discriminação em razão de gênero, orientação sexual, nacionalidade ou outra, e não devem ser coniventes com situações que violem esses princípios”, disse, em nota, a ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Aqui no Brasil os casos de assédios também preocupam, pois 42% dos trabalhadores foram vítimas de assédio moral nas empresas, 20% dos servidores sentem-se estressados por críticas negativas, humilhações de chefias autoritárias e situações de abuso de poder. Os números ainda indicam que 25% das ocorrências se dá entre colegas. Ainda somamos 97% das Mulheres já foram vítimas de assédio em Meios de Transportes e 71% conhecem alguma mulher que já sofreu assédio em Espaços Públicos.
Assédio é uma conduta única ou repetitiva
que expõe a pessoa ao constrangimento e à humilhação
para satisfação ou prazer individual.
Nem sempre o assédio é vertical (de chefe a subordinado), também há relatos de situações horizontais (colegas de trabalho) inclusive entre estudantes onde as mulheres também são maioria das vítimas.
No início do ano 2022 a SEED PR fez um vídeo onde aborda este tema desagradável, porém urgente nas Escolas públicas do Estado do Paraná. O vídeo foi usado na formação continuada dos professores e funcionários no início do ano para identificar, prevenir e corrigir casso de assédios nas Escolas. Parabéns Paraná pela informação na Prevenção e Proteção!
@profsta #profsta
